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Protagonista na vitória do Botafogo sobre o Aurora com quatro gols, Júnior Santos relembrou parte da sua história para chegar no nível profissional de futebol. O atleta exaltou sua força de vontade e superação para estar brilhando nos gramados do Nilton Santos.
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– Eu lembro de uma entrevista em que disse que quem esperava algo de mim, veria a resposta dentro de campo. Eu desacreditei de mim por muito tempo. Até uma certa idade, achava que nunca seria profissional. Na várzea, disseram que eu tinha potencial. Eu tinha aproximadamente 23 anos. Eu comecei a acreditar, trabalhar e percebi que a chave do sucesso é o trabalho e a confiança em si mesmo. Não ligo para o que falam de mim. Eu vou errar, vou tentar, porque aos 23 anos fui para São Paulo e ouvi alguém dizer que estava muito tarde para o futebol. Mas acreditei e estou aqui hoje.
O camisa 11 também exaltou sua parceria com Tiquinho Soares, que vinha sendo muito criticado por parte dos torcedores. O centroavante não balançava as redes há seis partidas, mas fez questão de elogiar a qualidade do companheiro.
– A gente comprou a ideia, conversamos durante a semana e conseguimos a segunda vitória. Saiu igual nos treinamentos. Quando o coletivo vai bem, o individual acaba acontecendo. Foi assim no início de temporada do ano passado. Jogar com o Tiquinho é diferente. Ele consegue girar bem, encontrar os espaços, a gente consegue atacar em profundidade. Fez uma grande partida, conseguiu marcar gol. Fico feliz pelo desempenho dele, pois é um grande atleta e tenho certeza que isso dará confiança para toda a equipe.
Com cinco gols marcados, Júnior Santos é o artilheiro da atual edição da Libertadores, além de ter se tornado o maior goleador do Botafogo na competição. O atleta igualou a marca de Jairzinho, Rodrigo Pimpão e Dirceu.
CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS DE JÚNIOR SANTOS:
LEMBRANÇA DO PAI
– Me emociono ao falar do meu pai, porque ele acreditou mais em mim do que eu mesmo. Desde a minha infância, ele sempre foi um apoiador. Não tínhamos condições, mas ele dava de tudo para eu estar jogando. Aos 16 anos, eu não queria mias saber de futebol, achava que não daria em nada, mas ele sempre acreditou em mim. Fui uma criança muito rebelde, criei muito a cara na vida. A partir do momento em que ouvi meu pai, fui para São Paulo, onde passei dificuldades e quis voltar. Ele disse que se eu voltasse, que ele não iria falar mais comigo. Para quem é do interior, ir para São Paulo é um mundo. Se eu estou aqui, ele tem uma grande contribuição.
PROTESTOS CONTRA TIQUINHO SOARES
– Não vou direcionar esse protesto aos torcedores. Os verdadeiros torcedores estavam aí nos apoiando. E sempre nos apoiaram. O torcedor deu um combustível a mais pela vitória. A torcida ama o Tiquinho, sabe tudo o que ele fez e segue fazendo pelo Botafogo. Hoje mostrou sua qualidade. A torcida sempre tem gritado o nome do Tiquinho. Tenho certeza que agora é uma virada de chave e já voltamos a ser o Botafogo que conquistou o respeito de muita gente na temporada.